“... lavai os pés uns dos outros.”
Falamos muito em serviço. Mas será que estamos realmente preparados para servir em todas as circunstâncias, a todo momento, nos despindo do orgulho, da vaidade, da auto-suficiência que acalentamos no fundo de nós mesmos?
Parece fácil servir, principalmente se temos em mente atitudes simples de nosso dia-a-dia, que não nos custam esforço ou renúncia. Talvez, justamente aqui esteja nosso erro quando pensamos em serviço: reduzimos o servir a uma ação esporádica, sem efeito duradouro, daí servimos quando podemos, quando sentimos vontade ou quando a situação é gritante e necessariamente temos de agir.
Mas qual seria, então, a maneira correta de servir? A resposta é dada pelo Mestre Jesus. Todo seu ministério é, essencialmente, um exemplo de serviço, percebido na sua encarnação assumindo a forma de homem, nas curas, nos diálogos, nos sermões, na morte, na ressurreição e, de forma sintetizada, no episódio do lava-pés (João 13.1-17).
Nos remontando à cena, imaginemos Jesus, o próprio Deus feito um de nós, deixando seu lugar à mesa, tirando o manto, atando uma toalha na cintura, se abaixando e lavando um a um os pés dos discípulos, que, perplexos, não entendiam ainda o que aquele gesto, próprios dos escravos, significava no ministério de Jesus. Por isso, Pedro, inicialmente, se recusa a ter seus pés lavados pelo Mestre.
A mensagem do texto, tão bem elucidada pelo autor do Quarto Evangelho, é clara: temos que, como cristãos, servir como Cristo serviu, chegando até a lavar os pés uns dos outros (v. 14), se necessário. Mas não é só isso. No lava-pés, Jesus tenta pela última vez fazer com que seus discípulos entendam a verdadeira mensagem do Reino: que “o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir”. Contrariando todas as expectativas da espera de um rei glorioso, um guerreiro sanguinário ou um revolucionário justiceiro, chega um servo, alguém que lava os pés, inclusive daquele que o havia de trair. O servir para Jesus era um ato existencial, estava atado a ele como aquela toalha cingida na cintura, que não foi retirada mesmo depois de se assentar de volta à mesa.
Aprender a servir com Jesus é estar realmente preparado para servir, seguindo o seu exemplo (v. 15), lavando os pés (servindo) até dos nossos inimigos e entendendo que foi para isso que fomos chamados para seu Reino, o único onde todos são servos uns dos outros, até o Rei.
Que o mesmo Deus-Servo nos faça preparados para servir sempre.
“Se bem sabeis estas coisas (servir), bem aventurados sois se as fizerdes” (v. 17).
quarta-feira, 7 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
POR CRISTO VOU ATÉ OS CONFINS DA TERRA
Este foi o tema da Campanha de Missões Mundiais que encerramos, aqui na Sotero, no culto da noite de hoje. É uma declaração corajosa!
Para aqueles que gostam de encarar desafios, ir por Cristo até os confins da Terra é um dos grandes. E por, pelo menos, três razões:
1. É por Cristo até vamos até os confins da Terra. Talvez não seja difícil chegar aos lugares mais longínquos e exóticos do Planeta, principalmente com as facilidades do transporte aéreo e com a exploração do mercado turístico. Há os que vão para muito longe de sua terra natal para estudar, para sobreviver, para passear, para trabalhar. Mas, no exercício da missão não são os nossos interesses que contam como motivação para sair por todos os cantos da Terra. Saímos em missão por causa de Jesus Cristo, nosso Senhor, pois “é por ele e para ele que nos movemos e existimos” (rsrsr). Portanto, não é pela denominação ou pela igreja que saímos em missão. Mas também não é por uma obrigação cristã. Se vamos aos confins do mundo por Cristo, então, o imitaremos em seus passos peregrinos, seus braços que acolhem, suas mãos que curam, seu olhar que revela, sua voz que acalma, suas palavras que consolam, sua alma que se angustia, suas lágrimas companheiras, sua cruz de amor.
2. Sou eu que irei até os confins da Terra. No mundo pós-moderno da terceirização tanto dos bens e serviços quanto das responsabilidades humanas para com o outro e a criação, a missão também se vê nas mãos de terceiros. Os confins da Terra é lugar para os pastores e pastoras, missionários ou qualquer outra pessoa que se sentir tocada pelo clamor das nações. Não é uma responsabilidade minha viver a missão (afinal de contas, já remuneramos os pastores e missionários para isso!). Como é triste perceber que o “deus deste século” ainda continua cegando o entendimento de muitos. A missão deve ser cumprida por mim porque há espaços geográficos e sociais que apenas eu tenho acesso. Se não viver a missão nestes espaços, ninguém mais fará. Além disso, no Reino de Deus todos pegam no arado e saem a semear. Um pastor na China semeia o Evangelho no coração dos chineses, mas é você quem deve semear e testemunhar do Amor de Deus à sua família, seus vizinhos e amigos.
3. É nos confins da Terra que eu devo cumprir minha missão. Alguns são chamados pelo Senhor para anunciar a Salvação em lugares distantes de sua terra natal. Mas para outros, o chamado será para ir a outros confins, não os da Terra, mas os da alma, do coração das pessoas que estão muito próximas. O próprio Jesus orienta: “primeiro em Samaria, depois...”. O objetivo de nossa missão não é apenas levar a Palavra, mas restaurar vidas através da Palavra Viva. Nossa missão é também é chegar aos confins do coração dos homens e mulheres, que, a passos largos nesse mundo mal, se distanciam cada vez mais da cruz de Cristo.
Por Cristo eu vou até os confins da Terra. E você, vai?
Para aqueles que gostam de encarar desafios, ir por Cristo até os confins da Terra é um dos grandes. E por, pelo menos, três razões:
1. É por Cristo até vamos até os confins da Terra. Talvez não seja difícil chegar aos lugares mais longínquos e exóticos do Planeta, principalmente com as facilidades do transporte aéreo e com a exploração do mercado turístico. Há os que vão para muito longe de sua terra natal para estudar, para sobreviver, para passear, para trabalhar. Mas, no exercício da missão não são os nossos interesses que contam como motivação para sair por todos os cantos da Terra. Saímos em missão por causa de Jesus Cristo, nosso Senhor, pois “é por ele e para ele que nos movemos e existimos” (rsrsr). Portanto, não é pela denominação ou pela igreja que saímos em missão. Mas também não é por uma obrigação cristã. Se vamos aos confins do mundo por Cristo, então, o imitaremos em seus passos peregrinos, seus braços que acolhem, suas mãos que curam, seu olhar que revela, sua voz que acalma, suas palavras que consolam, sua alma que se angustia, suas lágrimas companheiras, sua cruz de amor.
2. Sou eu que irei até os confins da Terra. No mundo pós-moderno da terceirização tanto dos bens e serviços quanto das responsabilidades humanas para com o outro e a criação, a missão também se vê nas mãos de terceiros. Os confins da Terra é lugar para os pastores e pastoras, missionários ou qualquer outra pessoa que se sentir tocada pelo clamor das nações. Não é uma responsabilidade minha viver a missão (afinal de contas, já remuneramos os pastores e missionários para isso!). Como é triste perceber que o “deus deste século” ainda continua cegando o entendimento de muitos. A missão deve ser cumprida por mim porque há espaços geográficos e sociais que apenas eu tenho acesso. Se não viver a missão nestes espaços, ninguém mais fará. Além disso, no Reino de Deus todos pegam no arado e saem a semear. Um pastor na China semeia o Evangelho no coração dos chineses, mas é você quem deve semear e testemunhar do Amor de Deus à sua família, seus vizinhos e amigos.
3. É nos confins da Terra que eu devo cumprir minha missão. Alguns são chamados pelo Senhor para anunciar a Salvação em lugares distantes de sua terra natal. Mas para outros, o chamado será para ir a outros confins, não os da Terra, mas os da alma, do coração das pessoas que estão muito próximas. O próprio Jesus orienta: “primeiro em Samaria, depois...”. O objetivo de nossa missão não é apenas levar a Palavra, mas restaurar vidas através da Palavra Viva. Nossa missão é também é chegar aos confins do coração dos homens e mulheres, que, a passos largos nesse mundo mal, se distanciam cada vez mais da cruz de Cristo.
Por Cristo eu vou até os confins da Terra. E você, vai?
quarta-feira, 3 de março de 2010
Olhando para a cruz de Cristo...
Olhar é direcionar a atenção, focar a visão em um ponto que pode ser uma pessoa, uma paisagem ou mesmo um cenário vazio, porque, às vezes, olhamos imagens de nossas lembranças ou de nossos sonhos.
Olhar é ignorar o restante em torno daquilo que se olha, mesmo reconhecendo que todo o entorno é importante para a existência daquele ponto que rouba minha atenção.
Olhar é transcender o olhado, transformando-o em ponte para uma outra realidade de um futuro possível, pelo menos em nossos sonhos.
Olhar é conectar-se com o que se olha, compreendendo seus sinais, sua linguagem e ajudando outros a se conectarem também.
Todos nós sempre olhamos, porque sempre há algo ou alguém que seduz nosso olhar e aprisiona, mesmo que por segundos, a nossa atenção.
Hoje, quando celebramos a Ceia do Senhor, convido você a olhar para um lugar especial. O cenário é triste e sombrio: lágrimas e sangue se misturam, dor e sofrimento são quase insuportáveis. E há algumas cruzes com pessoas violentamente presas nelas. Em uma dessas cruzes está Jesus, o Filho de Deus, morrendo por você. É para lá que os nossos olhares se direcionam.
Olhar para a cruz de Cristo é focar a visão, a mente e o coração no projeto de Deus para o ser humano.
Olhar para a cruz de Cristo é ignorar tudo que disputa a minha atenção e tenta desviar meu olhar.
Olhar para a cruz de Cristo é desvendar todo o mistério do amor de Deus planejado antes da criação do mundo e manifesto aos homens numa noite em Belém.
Olhar para a cruz de Cristo é enlutar-se com o Pai e chorar com ele por toda a humanidade enquanto seu Filho morre por ela.
Olhar para a cruz de Cristo é, mesmo chorando, guardar no íntimo a certeza de que a noite passará e as misericórdias do Senhor serão sobre nós, fazendo novas todas as coisas.
Olhar para a cruz de Cristo é crucificar-se com ele, sentindo no corpo e na alma todo peso do amor de Deus.
Olhar para a cruz de Cristo é sair da cruz, como nova criatura, atraindo para ela o olhar de outras pessoas, através do testemunho, das palavras e do silêncio de quem um dia olhou para a cruz e foi surpreendido com Cristo olhando para ele.
Para onde você tem olhado? Quem ou o que tem atraído tua atenção? Responder estas perguntas é o primeiro passo na descoberta da distância que nos separa da cruz de Cristo, porque quanto mais olho, mais quero olhar e de cada vez mais perto. E quanto mais perto chego da cruz mais me humanizo, me quebranto, me reconheço pecador carente da graça e do perdão de Deus. Porque ao chegar bem perto da cruz, ao contrário das minhas expectativas, só encontro um homem como eu, olhando para mim.
Por isso, posso afirmar que olhar para a cruz de Cristo é também olhar para você e amá-lo como Jesus amou.
Olhar é ignorar o restante em torno daquilo que se olha, mesmo reconhecendo que todo o entorno é importante para a existência daquele ponto que rouba minha atenção.
Olhar é transcender o olhado, transformando-o em ponte para uma outra realidade de um futuro possível, pelo menos em nossos sonhos.
Olhar é conectar-se com o que se olha, compreendendo seus sinais, sua linguagem e ajudando outros a se conectarem também.
Todos nós sempre olhamos, porque sempre há algo ou alguém que seduz nosso olhar e aprisiona, mesmo que por segundos, a nossa atenção.
Hoje, quando celebramos a Ceia do Senhor, convido você a olhar para um lugar especial. O cenário é triste e sombrio: lágrimas e sangue se misturam, dor e sofrimento são quase insuportáveis. E há algumas cruzes com pessoas violentamente presas nelas. Em uma dessas cruzes está Jesus, o Filho de Deus, morrendo por você. É para lá que os nossos olhares se direcionam.
Olhar para a cruz de Cristo é focar a visão, a mente e o coração no projeto de Deus para o ser humano.
Olhar para a cruz de Cristo é ignorar tudo que disputa a minha atenção e tenta desviar meu olhar.
Olhar para a cruz de Cristo é desvendar todo o mistério do amor de Deus planejado antes da criação do mundo e manifesto aos homens numa noite em Belém.
Olhar para a cruz de Cristo é enlutar-se com o Pai e chorar com ele por toda a humanidade enquanto seu Filho morre por ela.
Olhar para a cruz de Cristo é, mesmo chorando, guardar no íntimo a certeza de que a noite passará e as misericórdias do Senhor serão sobre nós, fazendo novas todas as coisas.
Olhar para a cruz de Cristo é crucificar-se com ele, sentindo no corpo e na alma todo peso do amor de Deus.
Olhar para a cruz de Cristo é sair da cruz, como nova criatura, atraindo para ela o olhar de outras pessoas, através do testemunho, das palavras e do silêncio de quem um dia olhou para a cruz e foi surpreendido com Cristo olhando para ele.
Para onde você tem olhado? Quem ou o que tem atraído tua atenção? Responder estas perguntas é o primeiro passo na descoberta da distância que nos separa da cruz de Cristo, porque quanto mais olho, mais quero olhar e de cada vez mais perto. E quanto mais perto chego da cruz mais me humanizo, me quebranto, me reconheço pecador carente da graça e do perdão de Deus. Porque ao chegar bem perto da cruz, ao contrário das minhas expectativas, só encontro um homem como eu, olhando para mim.
Por isso, posso afirmar que olhar para a cruz de Cristo é também olhar para você e amá-lo como Jesus amou.
AMIGOS DA SOTERO
Não é preciso muita sensibilidade para perceber que o tema da amizade perpassa todas as nossas relações, das mais triviais e cotidianas, até as mais complexas. E como um tema próprio da humanidade, a amizade aparece também nas expressões de arte, como música, poesia, cinema e teatro. Mas também se reflete sobre amizade nas Universidades, onde o tema, tão carregado de emoção e tão precário de linguagem própria que o explique, é dissecado para que cada uma das distintas senhoras conhecidas por Ciências Humanas, possa receber uma parte e dissertar páginas infindáveis expondo a sua visão sobre a amizade. E, por incrível que pareça, até no meio empresarial valoriza-se a amizade, mesmo que em níveis superficiais que sirvam apenas para dar coesão à organização e elevar seus ganhos. O mundo capitalista do “cada um por si” já descobriu que parcerias são o caminho da permanência de qualquer empreendimento neste século.
Não vou me arriscar a dizer que Jesus, em seu tempo, já protagonizava uma reflexão original sobre a amizade, até porque os gregos já faziam isto centenas de anos antes. E ainda antes dos gregos, com certeza, outros já se pronunciavam sobre a amizade.
Se não original, pelo menos foi revolucionária a reflexão de Jesus usando a amizade entre os humanos para sinalizar o novo modelo de relacionamento entre Deus e seus filhos. E Jesus disse: “Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido” (João 15.15).
Aprendemos no exercício religioso, que a relação com Deus deveria ser embasada no parâmetro domínio-servidão, onde um “chefe” sobrepõe os “funcionários”, que fazem seu serviço e recebem seu salário no fim da vida. Ao contrário dessa relação servil com o Pai Eterno, o Mestre Jesus revela que os filhos e filhas de Deus podem vivenciar uma relação de amizade com ele. O convite é para sermos amigos de Deus e compartilhar com ele seu projeto de amor ao pecador. Insistir em ser apenas servo é esquivar-se da responsabilidade de amar as pessoas que Deus ama.
Já faz algum tempo que iniciamos uma campanha chamada Amigos da Sotero, com o objetivo de agregar pessoas que nos ajudem através de contribuição financeira, oração e serviço. E escolhemos este título para a campanha porque não queremos servos para a Sotero, pessoas que apenas cumpram obrigações, mas pedimos ao Pai que nos envie pessoas sinceras, com o coração aberto e mãos generosas ao partilhar o pão. Pedimos a Deus que nos desse amigos e amigas para a Sotero. Pedimos a Deus que nos fizesse amigos e amigas uns dos outros.
Seja um Amigo da Sotero; seja amigo de Deus; seja amigo dos seus irmãos e irmãs, assim como Deus é seu amigo.
Não vou me arriscar a dizer que Jesus, em seu tempo, já protagonizava uma reflexão original sobre a amizade, até porque os gregos já faziam isto centenas de anos antes. E ainda antes dos gregos, com certeza, outros já se pronunciavam sobre a amizade.
Se não original, pelo menos foi revolucionária a reflexão de Jesus usando a amizade entre os humanos para sinalizar o novo modelo de relacionamento entre Deus e seus filhos. E Jesus disse: “Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido” (João 15.15).
Aprendemos no exercício religioso, que a relação com Deus deveria ser embasada no parâmetro domínio-servidão, onde um “chefe” sobrepõe os “funcionários”, que fazem seu serviço e recebem seu salário no fim da vida. Ao contrário dessa relação servil com o Pai Eterno, o Mestre Jesus revela que os filhos e filhas de Deus podem vivenciar uma relação de amizade com ele. O convite é para sermos amigos de Deus e compartilhar com ele seu projeto de amor ao pecador. Insistir em ser apenas servo é esquivar-se da responsabilidade de amar as pessoas que Deus ama.
Já faz algum tempo que iniciamos uma campanha chamada Amigos da Sotero, com o objetivo de agregar pessoas que nos ajudem através de contribuição financeira, oração e serviço. E escolhemos este título para a campanha porque não queremos servos para a Sotero, pessoas que apenas cumpram obrigações, mas pedimos ao Pai que nos envie pessoas sinceras, com o coração aberto e mãos generosas ao partilhar o pão. Pedimos a Deus que nos desse amigos e amigas para a Sotero. Pedimos a Deus que nos fizesse amigos e amigas uns dos outros.
Seja um Amigo da Sotero; seja amigo de Deus; seja amigo dos seus irmãos e irmãs, assim como Deus é seu amigo.
A IGREJA QUE QUEREMOS SER
Há um provérbio bíblico que diz assim: “Ensine a criança o caminho em que deve andar e, mesmo quando envelhecer, não se desviará dele” (Provérbios 22.6). Hoje, os modernos avanços nas pesquisas sobre comportamento humano atestam o que culturas antigas, como a judaica, já vivenciavam. Sabemos, por leituras especializadas ou pela força da prática de quem tem crianças em casa, que é durante a infância que são construídas em nós as bases do nosso caráter e internalizamos os valores que influenciarão todas as nossas decisões quando adultos.
Além dos filhos naturais que alguns têm, nós todos temos uma criança em nossos braços, precisando ser ensinada sobre os caminhos da vida, porque ela está crescendo e, em breve, quando for grande, talvez não possamos mais corrigir seu caráter e valores.
A Igreja Batista Soteropolitana, que carinhosamente chamamos de Sotero, é a criança que Deus confiou aos nossos cuidados. Aquilo que ensinamos, praticamos, cantamos, como administramos as coisas e servimos aos pessoas, nesse período de infância da Sotero é o que determinará o seu jeito de ser, os valores que escolherá para se relacionar com Deus, com as pessoas e com o mundo. Hoje, com três anos, a Sotero acolhe negros e brancos que se abraçam como irmãos; recebe pessoas de classe média e pessoas que carecem de cesta básica, proporcionando a todas o privilégio de partilharem suas vidas e bens entre si; reúne crianças, adolescentes, jovens e idosos num mesmo espaço comum de celebração, apesar das diversas e conflituosas diferenças de geração; viabiliza o acesso livre da Bíblia Sagrada a cada pessoa, como instrumento de transformação tanto pessoal e espiritual quanto comunitária e social; estimula o crescimento pessoal, afetivo, profissional e espiritual de homens e mulheres, porque acredita que Deus reservou para seus filhos uma vida abundante e feliz que deve fazer severa oposição ao modo de vida de um mundo mal, egoísta, injusto e sem orientações éticas.
E amanhã, queremos ser uma Igreja exatamente assim: que ama a Deus servindo as pessoas que ele ama.
Além dos filhos naturais que alguns têm, nós todos temos uma criança em nossos braços, precisando ser ensinada sobre os caminhos da vida, porque ela está crescendo e, em breve, quando for grande, talvez não possamos mais corrigir seu caráter e valores.
A Igreja Batista Soteropolitana, que carinhosamente chamamos de Sotero, é a criança que Deus confiou aos nossos cuidados. Aquilo que ensinamos, praticamos, cantamos, como administramos as coisas e servimos aos pessoas, nesse período de infância da Sotero é o que determinará o seu jeito de ser, os valores que escolherá para se relacionar com Deus, com as pessoas e com o mundo. Hoje, com três anos, a Sotero acolhe negros e brancos que se abraçam como irmãos; recebe pessoas de classe média e pessoas que carecem de cesta básica, proporcionando a todas o privilégio de partilharem suas vidas e bens entre si; reúne crianças, adolescentes, jovens e idosos num mesmo espaço comum de celebração, apesar das diversas e conflituosas diferenças de geração; viabiliza o acesso livre da Bíblia Sagrada a cada pessoa, como instrumento de transformação tanto pessoal e espiritual quanto comunitária e social; estimula o crescimento pessoal, afetivo, profissional e espiritual de homens e mulheres, porque acredita que Deus reservou para seus filhos uma vida abundante e feliz que deve fazer severa oposição ao modo de vida de um mundo mal, egoísta, injusto e sem orientações éticas.
E amanhã, queremos ser uma Igreja exatamente assim: que ama a Deus servindo as pessoas que ele ama.
UMA ORAÇÃO PARA A SOTERO
Orações são petições, anseios do coração derramados diante da divindade a qual servimos e prestamos cultos. Para alguns fiéis, inocentes ou mal intencionados, as orações se apresentam como boa oportunidade para manipular seu deus. Talvez por isso, junto às orações seguem oferendas, promessas ou mesmo uma simples impostação de voz ressal-tada pela escolha das palavras mais cultas do idioma no qual se ora.
Nós, os cristãos, também oramos, fazemos petições ao nosso Deus, através de seu Filho Jesus e orientados pelo seu Espírito Santo. No entanto, é justamente essa matriz triúna que sinaliza um outro modo de orar embasado no relacionamento entre pessoas livres e plenas em seu moda de ser, mas essencialmente unidas pelo mesmo amor. E nós, quando oramos, mesmo nas necessidades mais vitais, preferimos nos relacionar e compartilhar nosso coração com o Deus que se fez nosso amigo e companheiro de caminhada. E já que o Deus Eterno a quem dirigimos nossas suplicas e orações é nosso amigo, não tentamos manipulá-lo, suborná-lo ou coagi-lo com promessas falsas, palavrório rebuscado, oferendas pretensiosas ou dízimos exorbitantes. Basta a mais singela oração de um coração amigo para que céus e terra se movam.
Oramos, então, para e porque nos relacionamos sempre, com todos e tudo, tanto inimigos quanto amigos. É nessa rede de corações relacionados, a exemplo da Trindade Santa, que o nosso Deus fala conosco e responde nossas orações.
Quero convidar cada irmão e irmã da Sotero a fazermos destes dias de 2010 um tempo de oração, de relacionamento com Deus, com os homens e com a criação. E para nos ajudar nesse caminho, ofereço ao nosso coração uma oração simples, feita no século passado, de autoria questionada, mas comumente atribuída a São Francisco de Assis.
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.
Nós, os cristãos, também oramos, fazemos petições ao nosso Deus, através de seu Filho Jesus e orientados pelo seu Espírito Santo. No entanto, é justamente essa matriz triúna que sinaliza um outro modo de orar embasado no relacionamento entre pessoas livres e plenas em seu moda de ser, mas essencialmente unidas pelo mesmo amor. E nós, quando oramos, mesmo nas necessidades mais vitais, preferimos nos relacionar e compartilhar nosso coração com o Deus que se fez nosso amigo e companheiro de caminhada. E já que o Deus Eterno a quem dirigimos nossas suplicas e orações é nosso amigo, não tentamos manipulá-lo, suborná-lo ou coagi-lo com promessas falsas, palavrório rebuscado, oferendas pretensiosas ou dízimos exorbitantes. Basta a mais singela oração de um coração amigo para que céus e terra se movam.
Oramos, então, para e porque nos relacionamos sempre, com todos e tudo, tanto inimigos quanto amigos. É nessa rede de corações relacionados, a exemplo da Trindade Santa, que o nosso Deus fala conosco e responde nossas orações.
Quero convidar cada irmão e irmã da Sotero a fazermos destes dias de 2010 um tempo de oração, de relacionamento com Deus, com os homens e com a criação. E para nos ajudar nesse caminho, ofereço ao nosso coração uma oração simples, feita no século passado, de autoria questionada, mas comumente atribuída a São Francisco de Assis.
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.
UM POUCO DO QUE SOMOS
O Culto de Gratidão que celebramos nesta quinta-feira, dia 31, foi uma síntese de muito do que vivemos em 2009 e nos outros anos de nossa existência como Igreja Batista Soteropolitana. Mas também foi nossa confissão de fé, aquilo que queremos ser diante de Deus e dos homens.
O testemunho de Joeliton e Regina Bonfim, assim como de Rosane e Vanderlino, nos acendeu a responsabilidade de anunciar Cristo a todos, crianças, adolescentes ou adultos. O batismo nas águas destes mesmos irmãos nos deu a sensação de missão cumprida por um lado e a percepção da missão a cumprir, por outro. Colaborar com a formação do caráter de Cristo em cada pessoa é uma árdua, mas gratificante missão.
A Ceia do Senhor, nos fez lembrar da presença do Mestre em nosso meio, nossa vida e nosso história. Estávamos com ele na cruz e ele está conosco em nossas cruzes diárias. Assim como nós estamos presentes em oração e ação nas cruzes uns dos outros.
Uma nova diretoria estatutária foi consagrada ao Senhor da Igreja: Aroldo, Eduardo, Cristina, Alane, Paulo e Brito, além dos demais líderes que permanecem em seus ministérios. Cada um e uma, escolhidos por Deus para servir tanto aos de dentro da Sotero, quanto aos que ainda estão fora. Consagrar servos ao Senhor é ter a coragem para dizer ao sistema diabólico deste mundo que não aceitamos seu poder, sua injustiça, sua desigualdade, que não iremos nos sobrepor uns aos outros, que não escravizaremos nossos irmãos, que não escolheremos a quem servir. Ao contrário, serviremos a todos os que o Senhor por em nosso caminho, sejam homens ou mulheres, ricos ou pobres, crianças ou idosos, santos ou pecadores, religiosos ou ateus, sãos ou doentes, negros, brancos ou índios. Serviremos a todos porque este é o nosso jeito de servir a Deus.
Distribuímos um exemplar do devocional Pão Diário para cada família da Sotero, como incentivo à leitura da Bíblia Sagrada em família, porque entendemos que a Palavra Santa que fez os mundos existirem do nada precisa entrar em nossas casas, em nossos lares, para fazer nascer um novo mundo chamado Reino de Deus.
E, por fim, partilhamos uma deliciosa ceia, composta com pratos trazidos por cada família, divididos entre todos. Dividir o pão tem sido nossa marca, nestes três anos de existência. E junto com o pão, dividimos as dores, as alegrias, as esperanças, as desilusões, os conselhos, as ansiedades, os bens, o tempo, as habilidades, dividimos nossa própria vida como fez nosso Senhor.
Quem esteve conosco naquele Culto de Gratidão conheceu um pouco de quem somos e do que queremos ser: Uma comunidade de irmãos unidos pelo desejo de amar a Deus amando pessoas.
E se você deseja ser parte dessa comunidade de amor, venha caminhar conosco.
O testemunho de Joeliton e Regina Bonfim, assim como de Rosane e Vanderlino, nos acendeu a responsabilidade de anunciar Cristo a todos, crianças, adolescentes ou adultos. O batismo nas águas destes mesmos irmãos nos deu a sensação de missão cumprida por um lado e a percepção da missão a cumprir, por outro. Colaborar com a formação do caráter de Cristo em cada pessoa é uma árdua, mas gratificante missão.
A Ceia do Senhor, nos fez lembrar da presença do Mestre em nosso meio, nossa vida e nosso história. Estávamos com ele na cruz e ele está conosco em nossas cruzes diárias. Assim como nós estamos presentes em oração e ação nas cruzes uns dos outros.
Uma nova diretoria estatutária foi consagrada ao Senhor da Igreja: Aroldo, Eduardo, Cristina, Alane, Paulo e Brito, além dos demais líderes que permanecem em seus ministérios. Cada um e uma, escolhidos por Deus para servir tanto aos de dentro da Sotero, quanto aos que ainda estão fora. Consagrar servos ao Senhor é ter a coragem para dizer ao sistema diabólico deste mundo que não aceitamos seu poder, sua injustiça, sua desigualdade, que não iremos nos sobrepor uns aos outros, que não escravizaremos nossos irmãos, que não escolheremos a quem servir. Ao contrário, serviremos a todos os que o Senhor por em nosso caminho, sejam homens ou mulheres, ricos ou pobres, crianças ou idosos, santos ou pecadores, religiosos ou ateus, sãos ou doentes, negros, brancos ou índios. Serviremos a todos porque este é o nosso jeito de servir a Deus.
Distribuímos um exemplar do devocional Pão Diário para cada família da Sotero, como incentivo à leitura da Bíblia Sagrada em família, porque entendemos que a Palavra Santa que fez os mundos existirem do nada precisa entrar em nossas casas, em nossos lares, para fazer nascer um novo mundo chamado Reino de Deus.
E, por fim, partilhamos uma deliciosa ceia, composta com pratos trazidos por cada família, divididos entre todos. Dividir o pão tem sido nossa marca, nestes três anos de existência. E junto com o pão, dividimos as dores, as alegrias, as esperanças, as desilusões, os conselhos, as ansiedades, os bens, o tempo, as habilidades, dividimos nossa própria vida como fez nosso Senhor.
Quem esteve conosco naquele Culto de Gratidão conheceu um pouco de quem somos e do que queremos ser: Uma comunidade de irmãos unidos pelo desejo de amar a Deus amando pessoas.
E se você deseja ser parte dessa comunidade de amor, venha caminhar conosco.
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