quarta-feira, 3 de março de 2010

UMA ORAÇÃO PARA A SOTERO

Orações são petições, anseios do coração derramados diante da divindade a qual servimos e prestamos cultos. Para alguns fiéis, inocentes ou mal intencionados, as orações se apresentam como boa oportunidade para manipular seu deus. Talvez por isso, junto às orações seguem oferendas, promessas ou mesmo uma simples impostação de voz ressal-tada pela escolha das palavras mais cultas do idioma no qual se ora.
Nós, os cristãos, também oramos, fazemos petições ao nosso Deus, através de seu Filho Jesus e orientados pelo seu Espírito Santo. No entanto, é justamente essa matriz triúna que sinaliza um outro modo de orar embasado no relacionamento entre pessoas livres e plenas em seu moda de ser, mas essencialmente unidas pelo mesmo amor. E nós, quando oramos, mesmo nas necessidades mais vitais, preferimos nos relacionar e compartilhar nosso coração com o Deus que se fez nosso amigo e companheiro de caminhada. E já que o Deus Eterno a quem dirigimos nossas suplicas e orações é nosso amigo, não tentamos manipulá-lo, suborná-lo ou coagi-lo com promessas falsas, palavrório rebuscado, oferendas pretensiosas ou dízimos exorbitantes. Basta a mais singela oração de um coração amigo para que céus e terra se movam.
Oramos, então, para e porque nos relacionamos sempre, com todos e tudo, tanto inimigos quanto amigos. É nessa rede de corações relacionados, a exemplo da Trindade Santa, que o nosso Deus fala conosco e responde nossas orações.
Quero convidar cada irmão e irmã da Sotero a fazermos destes dias de 2010 um tempo de oração, de relacionamento com Deus, com os homens e com a criação. E para nos ajudar nesse caminho, ofereço ao nosso coração uma oração simples, feita no século passado, de autoria questionada, mas comumente atribuída a São Francisco de Assis.

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

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