quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

ANO NOVO, VIDA NOVA.

Esta é a expectativa de quase todas as pessoas durante a chegada de um novo ano. É uma ocasião propícia a fazer promessas, tomar decisões, ressuscitar sonhos e projetos esquecidos. Contudo, alguma estatística por aí deve mostrar que a grande maioria dessas promessas e disposições de réveillon não se cumprem no ano nascente. De qualquer forma, é confortante saber que pelo menos uma vez ao ano temos a sincera intenção de mudar de vida junto com a folhinha do calendário.
A Bíblia Sagrada não fala em Culto de Gratidão à meia noite, confraternização de fim de ano, queima de fogos, orações de joelhos tradicionalmente feitas na virada do ano, mas fala da possibilidade de ter uma nova vida a qualquer dia do ano.
Numa conversa com Nicodemos, Jesus afirma ser necessário nascer de novo, ou seja, é preciso e possível ter uma vida nova (João 3.1-21). Este é um dos conceitos mais caros à tradição cristã. Nascer de novo, ser nova criatura em Cristo Jesus é o primeiro e indispensável passo para qualquer pessoa que decide ser um cristão. Porque é impossível seguir a Jesus e ao mesmo tempo seguir ao Diabo; amar a Deus e odiar as pessoas; entregar o dízimo e ser avarento; servir nas atividades da Igreja e não cuidar da própria família. Parece, então, que esta nova vida em Cristo não se limita aos dias 31 de Dezembro, mas nos acompanha em todos os dias do ano. A cada nova manhã nos é dado o privilégio de começar de novo e melhor, deixando os erros para trás e seguindo em frente para o alvo que é Jesus.
Não sei quais foram as tuas promessas para 2011, mas espero que entre elas, e como prioridade, esteja o esforço em viver uma vida nova, diferente e melhor segundo a vontade de Deus.
Aproveite este clima de início de um novo ano para viver esta nova vida.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O AMOR NASCEU!

Os reis do oriente receberam a notícia: sigam a estrela e encontrarão o lugar onde o menino-Rei nasceu. Os pastores no campo foram maravilhosamente avisados: nasceu hoje o Salvador.
Desde aquela noite em Belém algo diferente pôde ser percebido no universo. Toda criação entrou num processo de reforma, está sendo refeita. Os homens e mulheres também podem, agora, nascer de novo, receberam uma segunda chance.
Deus cumpriu sua promessa. Nos fez perceber que sua fidelidade não foi alterada pelo nosso pecado. E nos constrangeu com sua forma de agir. Ninguém poderia imaginar, mesmo os mais inteirados de todas as profecias messiânicas, que seria daquela forma, naquele momento, naquele lugar, junto aquelas pessoas.
Esperavam um rei poderoso e forte, mas nos veio um frágil bebê, envolvido pelos braços de sua mãe. Parece estranho, mais naquela noite o Deus Eterno Todo Poderoso precisou da proteção de uma mulher!
Esperavam que a promessa se cumprisse nos lugares apropriados, como um palácio ou um templo. Mas no lugar do palácio, símbolo do luxo e da desigualdade diabólicos que separam os homens em classes sociais, Mateus sugere uma casa (2.11), porque no lar os papéis são desempenha-dos, o pão, a dor e a alegria são partilhados e todos se tornam iguais. No lugar de um templo, cheio de gente entendida de religião e doutrina e vazia de amor, Lucas prefere uma manjedoura (2.7), porque é pela simplicidade da vida que conhecemos e manifestamos a vontade do Pai.
Esperavam que o Messias prometido esmagaria os inimigos e devolveria o saudoso reinado de Israel ao povo judeu. Porém, o filho do carpinteiro, vindo de Nazaré (João 1.45,46), fala palavras estranhas sobre um Reino de justiça, amor e paz que viria para todos, inclusive samaritanos, gentios, romanos, gregos. Frustrou o sonho judeu de subjugar as nações. E ainda afirma que neste Reino os inimigos são perdoados, não aniquilados, mesmo que eles nos persigam ou causem nossa morte (Lucas 23.34).
E foi desse jeito estranho e inusitado que Jesus nasceu, como estranha e inusitada pode ser a nossa vida. Talvez isso nos ajude a acreditar que o amor de Deus pode nascer sempre no coração mais atribulado ou triste, mesmo quando este coração for o nosso.
A Sotero deseja que neste Natal o Amor nasça mais uma vez em sua vida!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ALGUMAS RAZÕES PELAS QUAIS VOTEI EM DILMA RUSSEFF (III)

Depois de apresentar as duas primeiras razões pelas quais votei em Dilma para presidente do Brasil, vamos a terceira e última justificativa para meu voto.

3ª. Reconheço a importância de inteligência estratégica na política e na vida.

Inteligência pode ser definida como a faculdade de compreender, aprender ou adaptar-se facilmente e, por isso, está relacionada ao intelecto, ao raciocínio, ou seja, ao uso da razão. E estratégia se define como a arte de aplicar os meios e recursos disponíveis para alcançar um objetivo específico. Dessa forma, uma inteligência estratégica seria a habilidade em aplicar os conhecimentos aprendidos na execução de uma tarefa através de um planejamento adequado para aquele momento. Numa fórmula simples, inteligência estratégica é o resultado da seguinte soma: conhecimento + percepção + planejamento + ação + resultados + avaliação.
Considere comigo alguns aspectos da atual conjuntura política nacional: O Presidente Lula há oito anos governando o Brasil e com aprovação de 83% (Datafolha em 26/10/2010); 14 Senadores, incluindo os dois representantes da Bahia, os PTistas Lídice e Pinheiro; 88 Deputados Federais; 05 governadores governistas eleitos; e o Governador do nosso Estado que permanece Jacques Vagner com 63,83% dos votos baianos.
Com tal cenário político e lembrando das razões apresentadas nas semanas anteriores, não me pareceu estratégico votar, neste momento, em outro partido para presidir um país que, em sua maioria, optou pela Esquerda. Nestas eleições coube a fórmula: conhecimento da história de um Brasil que cresceu + percepção da realidade sócio-econômica que nos afeta aqui no Nordeste + planejamento articulado entre as instâncias do poder público, interagindo com seguimentos da sociedade + ação de ir à urna e votar consciente + resultados que fortalecem a democracia e a esperança do povo + avaliação crítica dos projetos do Governo.
Mas também na Bíblia Sagrada encontramos exemplos de inteligência estratégica. Jetro quando aconselha Moisés a distribuir o peso de cuidar do povo de Deus (Êxodo 18.17-23); Josué quando envia espiões para conhecer a cidade que seria atacada (Josué 2); Ester quando se torna rainha e, avisada por Mordequeu da conspiração contra os judeus, salva seu povo (Ester 4 e 5); Paulo quando usa sua dupla cidadania para exigir seus direitos (Atos 22.25-29) e quando utiliza o altar ao deus desconhecido para anunciar o Evangelho (Atos 17.22-34); e o Senhor Jesus quando revela a eternidade usando a água e a sede de uma mulher junto a poço (João 4.1-42).
Mas também na vida nossa de cada dia nos deparamos com a necessidade de mais inteligência para compreende-la e mais estratégia para suporta-la.
Mas também na Igreja, lugar onde aprendemos a amar a Deus e ao nosso irmão, constatamos a carência da fórmula da inteligência estratégica: conhecer a vontade de Deus revela pela sua Palavra + perceber as dores e alegrias de quem nos se senta ao nosso lado a cada domingo + planejar a Sotero onde nossos filhos crescerão + agir de acordo o planejado, com alegria e entusiasmo, sempre respeitando a orientação dada pelos líderes + colher os resultados maiores que números e estatísticas, que são os relacionamentos transformados pelo amor de Jesus + avaliar com transparência, coragem e humildade tudo o que é feito, assumindo a responsabilidade pelos erros e pelos acertos.
Na verdade, o voto que confiei à Dilma Russeff foi estratégico, porque entendi ser o melhor para o país e para o povo. Agora, espero que nós, que temos a mente (inteligência) de Cristo (1Coríntios2.16), colaboremos estrategicamente na construção de um Brasil mais justo, de uma vida mais leve e de uma Sotero melhor.

ALGUMAS RAZÕES PELAS QUAIS VOTEI EM DILMA RUSSEFF (II)

Na semana anterior, argumentamos que dentre muitas razões pelas quais confiamos nosso voto à presidenta eleita Dilma Russeff, três serias as mais importantes. A primeira, já discutida, declara que acreditamos que o projeto de governo destes últimos anos colaborou com a expansão de valores do Reino de Deus. Hoje, apresentamos uma segunda motivação para nosso voto na “estrela vermelha”.

2ª. Entendo ser necessário assumir os riscos inerentes aos nossos posicionamentos.

Como era de se esperar, nas últimas e decisivas semanas das eleições presidenciais muitas histórias, afirmadas como a mais pura verdade, circularam pretensiosamente pela internet. Pelo menos duas dessas histórias se tornaram estopim de um conflito sério, a saber, que Dilma, junto com o PT, seria a favor da descriminalização do aborto e do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Estes assuntos fazem parte de uma pauta complexa de implicações éticas, políticas, ideológicas e religiosas, que afetam diretamente o cidadão brasileiro em suas crenças e valores mais profundos. Afinal, somos um país com a maioria da população cristã. E nós, cristãos, não concordamos com o aborto, como também não aprovamos a união de pessoas do mesmo sexo, segundo orienta a Bíblia Sagrada (Romanos 1.24-27). Esse é o nosso posicionamento, a nossa resposta.
O próximo passo é assumir os riscos da posição que tomamos frente ao conflito. Não mudaremos de opinião quando nos oferecerem um caminhão de areia, um saco de cimento e mil blocos para a reforma da igreja. E assim, teremos liberdade para pregar a verdade. Não deixaremos de defender nossos valores mesmo quando nossa vida for ameaçada ou quando uma lei nos proibir de abrir as portas da Casa do Senhor. E assim, serão ainda mais fortes e poderosos os nossos valores quando formos capazes de entregar a própria vida pelo que acreditamos. Não depreciaremos aqueles que assumem o risco de suas escolhas, mesmos que estas sejam contrárias as nossas. E assim, compreenderemos melhor a dimensão do amor de Jesus.
Não estamos aqui concordando com aqueles que aprovam a descriminalização do aborto ou a união homossexual, mas também não concordamos com aqueles que desprezam o diálogo e perseguem o direito do outro de se escolher para si o caminho que convém aos seus valores. Quem age assim não conhece a graça do Deus Bondoso que sempre é surpreendido em conversas com o diferente.
Na verdade, não votei apenas em Dilma, mas na possibilidade divina do diálogo transparente e corajoso, onde as partes podem assumir seus valores sem máscaras fabricadas para agradar o eleitor. Não sei se errei ou se acertei votando no Partido dos Trabalhadores. Mas estou pronto a assumir os riscos de ver, na melhor das hipóteses, nosso país ateu de uma religião hipócrita, porém, mais próximo da vontade de Deus, através da distribuição justa e igual das suas riquezas e do combate à pobreza e a miséria.
Que bom seria se, também na Igreja, pudéssemos dialogar com a mesma transparência e coragem! Até que este dia glorioso chegue, é confortante saber que é exatamente dessa forma que Deus age conosco.

ALGUMAS RAZÕES PELAS QUAIS VOTEI EM DILMA RUSSEFF

Essa foi, sem dúvidas, uma das eleições mais concorridas. E, segundo especialistas, graças aos quase 20 milhões de votos alcançados pela candidata Marina Silva chegamos ao 2º Turno na disputa pelo Palácio do Planalto. O PSDB tentou, mas a vitória com 56,05% dos votos válidos foi da petista Dilma Russeff. E eu fiz parte desse percentual de brasileiros que confirmou o “13” nas urnas.
Talvez existam outras, mas tenho três razões para ter votado em Dilma.

1ª. Acredito que o projeto de governo destes últimos anos colaborou com a expansão de valores do Reino de Deus.
Sei que essa realidade pode ser incômoda para muitos de nós cristãos que aprendemos que a religião deveria ser apolítica e que acreditávamos no discurso da Direita afirmando como perigosos e subversivos os esquerdistas, grevistas, sindicalistas. E o cristianismo brasileiro, nas suas faces católica e protestante, colaborou com a demonização da Esquerda, enquanto recebia vultosas vantagens políticas e financeiras para impor as mãos e abençoar generais, ditadores, banqueiros, empresários, políticos e seus mensalões, sua corrupção, sua propina e até sua cueca. E nós acreditamos que apenas na Esquerda existiam demônios. Com certeza, existem pessoas ruins também nos movimentos esquerdistas, como existem na Direita e na Igreja!
Contudo, foram nestes oito anos de Partido dos Trabalhadores, mesmo com todos os escândalos (e eles devem ser apurados com rigor), que percebemos mudanças significativas nas prioridades da política pública brasileira. Houve investimentos em moradia, segurança, educação superior, meio ambiente, infraestrutura, geração de empregos e descentralização de renda. Tivemos a sensação de viver num país mais justo. Espero que não tenha sido apenas uma sensação!
E é aqui que percebi, com muita alegria e esperança, os sinais do Reino de Deus em nossa nação. Pois é através da reparação, da justiça e da prosperidade partilhada entre todos que vivenciamos o Reino. O apóstolo Paulo aprendeu e nos ensinou que “o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14.17). Porque foi clara a orientação do Mestre: “Busquem, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça” (Mateus 6.33).
Se alguns dos valores do Reino, então, são justiça e paz, acredito que existem muitas pessoas, partidos, governos, empresas, ONG’s e religiões que também anunciam e vivem o Reino de Deus assim com nós, através da Igreja de Cristo. Acredito ser importante identificar estes parceiros e somar forças na construção de um mundo mais justo e igual para todos. Para nós, cristãos, isso se chama comunhão e é através dela que tornamos Cristo conhecido no mundo (João 17.20-23). Até porque, o Reino de Deus está em nós (Lucas 17.21) e não em nossas instituições.
Na verdade, não votei apenas em Dilma, mas num projeto de governo que se propõe olhar para os pobres, os herdeiros do Reino de Deus (Lucas 6.20 e Tiago 2.5-8) e fazer justiça em um país marcado historicamente pela desigualdade.
É sempre bom lembrar que restaurar a dignidade humana faz parte da missão do nosso Senhor e, portanto, também da nossa.
Disse Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor”. E depois declarou: “Hoje se cumpriu esta escritura”. (Lucas 4.18,19,21)
Nas próximas semanas compartilharemos as outras razões do meu voto.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

QUEM ACREDITA EM DIAS MELHORES?

Faz algum tempo que descobrir uma verdade libertadora: Deus não pertence à religião.
Descobri que Deus é grande demais para caber na caixinha dos meus rituais religiosos.
Descobri que Jesus é humano demais para ser animalizado pelo fundamentalismo das minhas doutrinas religiosas.
Descobri que o Espírito Santo é solidário demais com aqueles que sofrem para ser contaminado com a frieza e indiferença das pessoas da minha religião.
Talvez por isso, Jesus disse que “a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (João 4.23, 24). E o apóstolo Paulo ainda anuncia que “o Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens, nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa, pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas” (Atos 17.24, 25).
Mas, para alívio de todos, não estou abandonando a religião, pois é por ela que expresso minha fé em Deus, o meu Senhor. Apenas pretendo submeter a minha religião a Deus para, diante da cruz de Cristo e pela ação do Espírito, redimi-la do fundamentalismo, da frieza, da indiferença, da prepotência, da arrogância e da auto-suficiência. Porque só assim eu também serei livre para acreditar que Deus pode tornar melhores os dias para mim, para a Igreja de Cristo e para o mundo.
Hoje eu consigo acreditar que dias melhores virão porque acredito que Deus existe e atua tanto dentro quanto fora dos domínios da minha religião.
Hoje posso ler a Bíblia Sagrada, Carlos Drummond de Andrade, Friedrich Nietzsche; posso assistir Deixados para trás em casa e Avatar no cinema; posso ouvir Diante do Trono, Trazendo a Arca, Elis Regina, Chico Buarque, Luiz Gonzaga; posso ir aos cultos de domingo, mas também posso ir à praia com a família; posso viver dias tenebrosos e maus que enchem meus olhos de lágrimas e roubam minha esperança no futuro melhor, mas também posso afirmar que tenho irmãos e irmãs na fé que orarão comigo e me ajudarão a atravessar os vales da sombra e da morte.
Talvez agora a canção Dias melhores, de Rogério Flausino, interpretada pelo grupo Jota Quest possa ser observada sem preconceito, mas como uma declaração de quem já foi liberto pela Verdade (João 8.32).

Vivemos esperando dias melhores
Dias de paz
Dias a mais
Dias que não deixaremos para trás

Vivemos esperando
O dia em que seremos melhores
Melhores no amor
Melhores na dor
Melhores em tudo

Vivemos esperando
O dia em que seremos para sempre
Vivemos esperando
Dias Melhores pra sempre

sexta-feira, 30 de abril de 2010

COISAS DO CORAÇÃO - III

Nós temos um coração que nos mantém vivos. Usar bem o coração, aderindo a novos hábitos mais saudáveis, permite que este órgão biomecânico continue funcionando, distribuindo sangue por todo o corpo, mantendo-o vivo e saudável.
Ter um coração é ter uma existência; e existir é relacionar-se com o mundo (as coisas e as pessoas) no qual existimos. E assim como acontece com o coração, a qualidade da nossa existência no mundo também está ameaçada por hábitos relacionais ruins. Mudar estes maus hábitos é necessário para salvar nossa vida do perigo de existir no mundo como um objeto, sem coração, e fazendo das pessoas ao nosso redor também objetos.
A prática dessa inversão diabólica (pessoas/objetos x objetos/pessoas) em nossos relacionamentos é um forte indício do quanto Deus está distante do nosso coração, do nosso modo de existir. E se a Bíblia estiver correta ao afirmar que Deus não habita mais em templos feitos por mãos de homens e que cada crente é templo/morada do Espírito Santo, somos forçados a admitir que em muitos momentos de nossa vida Deus fica desabrigado. Essa é a má e triste notícia. A boa e esperançosa notícia é que é possível dar a Deus um novo lar. E o endereço dessa graciosa casa é VOCÊ.
Jesus disse que está à porta, batendo e esperando que você ofereça a ele uma nova casa, um novo lar. E aqueles que têm Jesus morando em seu coração, têm um novo modo de existir no mundo e de se relacionar com ele. Primeiro, porque sua mente, sua reflexão sobre o mundo é diferente. Agimos mal porque pensamos mal e mudamos pouco porque refletimos pouco. Ter Jesus no coração é também usar a cabeça para gerenciar conflitos de forma inteligente e responsável.
Segundo, porque seus sentimentos, suas emoções são diferentemente administradas. Compreender o potencial construtivo e destrutivo de nossas emoções e sentimentos nos ajuda a com-viver melhor com as pessoas. Ter Jesus no coração é também sentir com o mundo, interagir com sua dinâmica de dor e alegria, perda e ganho, ida e volta, lágrima e riso, morte e nascimento, fim e recomeço, fome e partilha. É interagindo que experimentamos com-paixão.
Terceiro, porque seu comportamento, sua maneira de relacionar-se condiz com a maneira como Deus se relaciona com ele. O antigo ditado “quem com ferro fere, com ferro será ferido”, agora, com Jesus no coração, fica assim: “quem com ferro me fere, com amor, perdão, graça e misericórdia será tratado”. Quando isso parecer difícil lembre que “não mais eu, mas Cristo vive em mim”.