sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ALGUMAS RAZÕES PELAS QUAIS VOTEI EM DILMA RUSSEFF (III)

Depois de apresentar as duas primeiras razões pelas quais votei em Dilma para presidente do Brasil, vamos a terceira e última justificativa para meu voto.

3ª. Reconheço a importância de inteligência estratégica na política e na vida.

Inteligência pode ser definida como a faculdade de compreender, aprender ou adaptar-se facilmente e, por isso, está relacionada ao intelecto, ao raciocínio, ou seja, ao uso da razão. E estratégia se define como a arte de aplicar os meios e recursos disponíveis para alcançar um objetivo específico. Dessa forma, uma inteligência estratégica seria a habilidade em aplicar os conhecimentos aprendidos na execução de uma tarefa através de um planejamento adequado para aquele momento. Numa fórmula simples, inteligência estratégica é o resultado da seguinte soma: conhecimento + percepção + planejamento + ação + resultados + avaliação.
Considere comigo alguns aspectos da atual conjuntura política nacional: O Presidente Lula há oito anos governando o Brasil e com aprovação de 83% (Datafolha em 26/10/2010); 14 Senadores, incluindo os dois representantes da Bahia, os PTistas Lídice e Pinheiro; 88 Deputados Federais; 05 governadores governistas eleitos; e o Governador do nosso Estado que permanece Jacques Vagner com 63,83% dos votos baianos.
Com tal cenário político e lembrando das razões apresentadas nas semanas anteriores, não me pareceu estratégico votar, neste momento, em outro partido para presidir um país que, em sua maioria, optou pela Esquerda. Nestas eleições coube a fórmula: conhecimento da história de um Brasil que cresceu + percepção da realidade sócio-econômica que nos afeta aqui no Nordeste + planejamento articulado entre as instâncias do poder público, interagindo com seguimentos da sociedade + ação de ir à urna e votar consciente + resultados que fortalecem a democracia e a esperança do povo + avaliação crítica dos projetos do Governo.
Mas também na Bíblia Sagrada encontramos exemplos de inteligência estratégica. Jetro quando aconselha Moisés a distribuir o peso de cuidar do povo de Deus (Êxodo 18.17-23); Josué quando envia espiões para conhecer a cidade que seria atacada (Josué 2); Ester quando se torna rainha e, avisada por Mordequeu da conspiração contra os judeus, salva seu povo (Ester 4 e 5); Paulo quando usa sua dupla cidadania para exigir seus direitos (Atos 22.25-29) e quando utiliza o altar ao deus desconhecido para anunciar o Evangelho (Atos 17.22-34); e o Senhor Jesus quando revela a eternidade usando a água e a sede de uma mulher junto a poço (João 4.1-42).
Mas também na vida nossa de cada dia nos deparamos com a necessidade de mais inteligência para compreende-la e mais estratégia para suporta-la.
Mas também na Igreja, lugar onde aprendemos a amar a Deus e ao nosso irmão, constatamos a carência da fórmula da inteligência estratégica: conhecer a vontade de Deus revela pela sua Palavra + perceber as dores e alegrias de quem nos se senta ao nosso lado a cada domingo + planejar a Sotero onde nossos filhos crescerão + agir de acordo o planejado, com alegria e entusiasmo, sempre respeitando a orientação dada pelos líderes + colher os resultados maiores que números e estatísticas, que são os relacionamentos transformados pelo amor de Jesus + avaliar com transparência, coragem e humildade tudo o que é feito, assumindo a responsabilidade pelos erros e pelos acertos.
Na verdade, o voto que confiei à Dilma Russeff foi estratégico, porque entendi ser o melhor para o país e para o povo. Agora, espero que nós, que temos a mente (inteligência) de Cristo (1Coríntios2.16), colaboremos estrategicamente na construção de um Brasil mais justo, de uma vida mais leve e de uma Sotero melhor.

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