segunda-feira, 27 de julho de 2009

DE VOLTA AO MUNDO DA LUA!

No seriado Mundo da Lua, exibido na TV nos anos 90, o garoto com muita imaginação Lucas Silva e Silva vive aventuras fantásticas em seu “mundo alternativo”, onde tudo é perfeitamente do jeito que ele gostaria que sempre fosse. Na verdade, apesar da desilusão final em cada episódio da série, o doce mundo da Lua de Lucas é uma sutil fuga. E como são incríveis as histórias imaginadas pelo garoto!
Mas, confessemos: quem nunca imaginou uma outra vida para si mesmo? Quem nunca desejou fugir da vida real, pelo menos uma vez? E quantos, depois da fuga para o “mundo perfeito”, desiludidos, dariam tudo para voltar à vida real e imperfeita de todos os dias?
Parece que, lá no fundo de nós mesmos, onde as vozes são mais distintas, sabemos que o que realmente buscamos não são as ilusões. Apenas desejamos que nossa vida real e cotidiana seja melhor e feliz a cada dia.
Assim, suspeito que não haja problemas em sonhar, imaginar e fugir, desde que reconheçamos a força da necessidade de voltar e viver a vida como ela é.
“Para onde me irei do teu espírito ou para onde fugirei da tua face?” (Salmos 139.7) Foi a instigante interrogação do salmista. E numa boa conversa com o Mestre, Pedro declarou: “Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna” (João 6.68).
Somos naturalmente insatisfeitos com a vida, fugimos sempre dela, seja por covardia, seja por medo da dor. Mas a garantia de uma vida verdadeira e feliz está em voltar para a vida, assumi-la, rindo e chorando quando necessário for. E se for possível chamar nosso Deus de Vida, me arrisco a afirmar que também pleiteamos inusitadas fugas de Deus. Rejeitamos a soberania da sua vontade sobre a nossa, evitamos buscá-lo em níveis mais reais de intimidade e construímos com ele um relacionamento baseado em cobranças (somos filhos do Rei, por isso tomamos posse do que é nosso!) e acusações (porque Deus permite a dor e o sofrimento, ele deve ser o culpado!), enquanto narramos aventuras espirituais com o Senhor que, na verdade, não passam de ilusões contadas por um menino no gravador que ganhou de seu avô.
Será que hoje não seria um bom momento para você para de fugir da vida que há em Deus e encará-la de frente com fé e esperança? Pense nisso.

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