quarta-feira, 15 de julho de 2009

BEM VINDO A NEVERLAND!

Sem medo de cometer exagero, podemos afirmar que o mundo inteiro comenta a morte de Michael Jackson, ocorrida em 25 de Junho. Indiscutivelmente, há, no mínimo, uma geração inteira influenciada pelo excêntrico astro pop, seja pela originalidade no estilo musical e dançante, seja pelo modo de vida adotado por ele, marcado pela solidão da fortuna faraônica. Uma considerável materialização da extravagância de Michael Jackson é o Rancho Neverland, em Los Angeles, nos EUA. Em português Neverland é Terra do Nunca (Peter Pan, de J. M. Barrie, 1906), lugar para onde vão as crianças perdidas, cheio de aventuras com piratas, crocodilos gigantes e fadas. Na Terra do Nunca também mora o Peter Pan, uma criança que não quer crescer. Talvez o Michael, aos 50 anos de idade e depois de alcançar o mundo, só desejasse o que muitos de nós queremos: a eternidade da infância. Porque é neste período ínfimo da vida que experimentamos a liberdade que o mundo adulto logo rouba de nós. Temos todos saudade da infância. Se ela foi dura e difícil, marcada por traumas e abusos, sentiremos saudade de como nossa infância poderia ter sido diferente (é, sim, possível sentir saudade do que não foi!). Se ela foi vivida na liberdade dos campos ou dos playgrounds, subindo nas mangueiras ou passeando no zoológico, colecionando bolinhas de gude ou cascões de ferida dos joelhos sempre ralados, recorreremos a essas lembranças quando a dor de ser adulto for grande demais. Acho que cabem aqui as palavras de Cassimiro de Abreu em seu poema “Meus oito anos”: Oh! Que saudade que tenho / Da aurora da minha vida / Da minha infância querida / Que os anos não trazem mais!
Sinceramente, respeito a declaração de Davi: “fui moço e agora sou velho...” (Salmos 37.25) e a recomendação de Paulo: “... acabei com as coisas de menino” (1Coriíntios 13.11). Mas não posso ignorar a profecia de Isaías: “A criancinha brincará perto do esconderijo da cobra” (Isaías 11.8); e a descon-certante revelação de Jesus: “das crianças é o Reino dos Céus (Mateus 19.14).
Michael Jackson tentou, mas entendeu tudo errado! A eternidade da infância que os anos não trazem mais, nunca mais, só é possível quando nascemos de novo, através da confissão dos nossos pecados e aceitando a Jesus como nosso Salvador. Vivendo essa nova vida em Cristo, podemos re-escrever não só nossa infância, mas toda nossa história, por mais triste que ela tenha sido. E, por fim, ganharemos a eternidade, não em Neverland, mas no céu com Deus.

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