quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Filhos queridos de um Pai de Amor

Afirmo, sem medo de errar ou exagerar, que de todas as imagens com as quais Deus se revela e se relaciona com os homens, a figura de Pai é a mais adequada. E é claro que reconheço e respeito as dificuldades psicológicas que algumas pessoas experimentam no relacionamento com seus pais. São histórias de abandono, abuso sexual, indiferença, educação rígida, agressão física e algumas outras mais ou menos graves que estas. Mas, apesar dessa triste realidade, Deus é o nosso Pai de Amor. Assim, parece bastante adequado, ao convidá-lo para uma conversa, chamá-lo de Pai, Papai, Paizinho, Painho, Abba. Usei a expressão “convidar para uma conversa”, porque agora a relação é entre pai e filho, não entre divindade e fiel. Este não convida a divindade para conversar, apenas, no máximo, a invoca em uma prece. O nosso Pai de Amor gosta de conversar, de relacionar-se com seus filhos e filhas.
O parâmetro dessa relação paternal de amor encarnou-se, tomou forma, em Jesus Cristo, o Filho unigênito e querido do Pai Eterno. Quando Jesus foi batizado no Jordão uma voz do céu disse: “Este é o meu Filho amado em quem tenho muito prazer” (Mateus 3.17). A alegria do Pai foi fruto da obediência do Filho que se doou na cruz. Já no episódio chamado de transfiguração, ao serem envolvidos por uma nuvem resplandecente, Jesus, Pedro, Tiago e João ouviram a mesma frase, mas desta vez com um interessante acréscimo: “Este é o meu filho amado em quem me alegro. Escutai-o” (Mateus 17.5).
Ouvir, seguir, obedecer a Jesus do mesmo modo como ele obedeceu ao Pai, parece ser isto o que o Senhor espera de nós que, agora, pela graça da cruz, somos também seus filhos.
Acredito que neste Dia dos Pais, o Pai de Amor, ao olhar para os pais, mães, filhos e filhas da Sotero, diz: “Estes são meus filhos e filhas, nos quais eu tenho muito prazer”. E isso independe das dificuldades do relacionamento com seu pai ou dos pecados que você cometeu. Aproveite, então, este dia para entender e aceitar de uma vez que você é filho(a) de Deus e nada pode mudar isso.

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