quarta-feira, 4 de março de 2009

MAIS QUE PALAVRAS...

A cena é inusitada. São os discípulos de Jesus, homens e mulheres acostumados ao cotidiano da vida religiosa judaica que pedem a Jesus que os ensine a orar. Será que pessoas tão voltadas em seu dia-a-dia para a religião não sabiam falar com Deus? Parece que o problema não era com as palavras, mas com a vivência das palavras.
E Jesus, em sua paciência de Mestre, ensina aos discípulos a orar assim: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Perdoa as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. Não nos deixeis cair em tentação, mas livra-nos do mal. Porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém!” (Mateus 6.9-11)
Não obstante as nossas Bíblias chamarem estes versos de Oração Modelo, não acredito que Jesus tenha ensinado um padrão de oração que deveria ser repetido por todos que ousassem uma audiência com o Pai. Ao contrário, Jesus ensina um estilo de vida que deveria ser experimentado por todos que buscam a Deus com um coração quebrantado.
A oração do Pai Nosso não foi apenas proferida, mas radicalmente vivida por Jesus até sua morte na cruz. Porque é só assim que as palavras ganham poder em nossa vida: quando se traduzem em ações. Orar o Pai Nosso é sentir-se irmão do outro que caminha conosco em santidade; é aceitar a força do Reino de Deus sobre a nossa vontade egoísta; é dividir o pão, os bens e a vida com aqueles que não tiveram as mesmas oportunidades que nós; é perdoar as palavras, ações e omissões contra nós cometidas com a mesma sinceridade com a qual Deus perdoa os erros que cometemos contra ele; é entender que o poder, a honra e glória não estão nos líderes, nas Igrejas ou nas estruturas religiosas, mas somente em Deus, porque ele não as divide com ninguém.
Aproveite nosso “junta panela” de hoje, para orar/viver o Pai Nosso junto com os teus irmãos e irmãs.

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