
Não faz muito tempo que recebi uma “bronca” de uma querida irmã da Sotero. Segundo ela, eu deveria parar de dizer que não sei cantar afinadamente e me esforçar mais para cantar bem. E ela disse a razão: primeiro, porque repetir que não sei cantar me impede de aprender; segundo, porque é muito bonito um pastor que canta, especialmente quando faz isso logo após a pregação.
Mesmo sendo a vítima da “bronca”, admito que concordo com a irmã. Preciso me esforçar para cantar bem e também admiro um pastor-cantor. Mas, também confesso que esse pode ser um dos “espinhos na carne” que terei de levar comigo!
Lembrei desse episódio enquanto refletia sobre a relação da música com a igreja, com as pessoas que assistem nossos cultos e com uma adoração verdadeira ao Pai.
Em seu diálogo com a mulher samaritana (João 4.6-26), um dos mais profundos nos Evangelhos, Jesus revela que a adoração a Deus, ao contrário da adoração aos ídolos, precisa ser em espírito e em verdade. E não poderia ser de outra forma!
Os ídolos não se materializam apenas nas imagens de escultura feitas por mãos de homens (Jeremias 10.14; 51.17), mas também tomam a forma organizacional das estruturas religiosas. O culto ao Deus de Israel tornou-se vazio e sem misericórdia, apesar de suas celebrações tão ostentosas. Problema enfrentado desde o Antigo Testamento (Isaías 1; Amos 5). Se a adoração ao Pai Celeste tem sua manifestação mais expressiva no culto coletivo, então faz sentido que os cultos sejam em espírito (desprendidos de uma estética do espetáculo e da valorização das coisas em detrimento das pessoas) e em verdade (porque diante do Deus que vê nosso coração não há lugar para falsidade).
Infelizmente, ainda insistimos no erro denunciado por Jesus e praticado pelos religiosos de seu tempo. Super-valorizamos a estética dos cultos, o profissionalismo dos músicos, solistas e instrumentistas, a impecável homilia do pregador com terno e gravata e as mais diversas programações especiais cheias de efeitos para impressionar os visitantes. Só nos esquecemos de um discreto detalhe: a adoração em espírito e em verdade que, no ministério de Jesus, se traduz em amar as pessoas com amor de cruz, mesmo que sejam elas quem me crucifiquem.
Não é o profissionalismo que toca o coração de Deus, mas o amor a ele e ao nosso próximo. Por isso, me arrisco a dizer que foi Jesus quem prestou o maior e melhor culto a Deus e fez isso sem templos e sem programações, apenas com sua vida, seu corpo, seu sangue e seu amor numa cruz.
Espero que sejamos profissionais nessa canção chamada amor de Deus.
Mesmo sendo a vítima da “bronca”, admito que concordo com a irmã. Preciso me esforçar para cantar bem e também admiro um pastor-cantor. Mas, também confesso que esse pode ser um dos “espinhos na carne” que terei de levar comigo!
Lembrei desse episódio enquanto refletia sobre a relação da música com a igreja, com as pessoas que assistem nossos cultos e com uma adoração verdadeira ao Pai.
Em seu diálogo com a mulher samaritana (João 4.6-26), um dos mais profundos nos Evangelhos, Jesus revela que a adoração a Deus, ao contrário da adoração aos ídolos, precisa ser em espírito e em verdade. E não poderia ser de outra forma!
Os ídolos não se materializam apenas nas imagens de escultura feitas por mãos de homens (Jeremias 10.14; 51.17), mas também tomam a forma organizacional das estruturas religiosas. O culto ao Deus de Israel tornou-se vazio e sem misericórdia, apesar de suas celebrações tão ostentosas. Problema enfrentado desde o Antigo Testamento (Isaías 1; Amos 5). Se a adoração ao Pai Celeste tem sua manifestação mais expressiva no culto coletivo, então faz sentido que os cultos sejam em espírito (desprendidos de uma estética do espetáculo e da valorização das coisas em detrimento das pessoas) e em verdade (porque diante do Deus que vê nosso coração não há lugar para falsidade).
Infelizmente, ainda insistimos no erro denunciado por Jesus e praticado pelos religiosos de seu tempo. Super-valorizamos a estética dos cultos, o profissionalismo dos músicos, solistas e instrumentistas, a impecável homilia do pregador com terno e gravata e as mais diversas programações especiais cheias de efeitos para impressionar os visitantes. Só nos esquecemos de um discreto detalhe: a adoração em espírito e em verdade que, no ministério de Jesus, se traduz em amar as pessoas com amor de cruz, mesmo que sejam elas quem me crucifiquem.
Não é o profissionalismo que toca o coração de Deus, mas o amor a ele e ao nosso próximo. Por isso, me arrisco a dizer que foi Jesus quem prestou o maior e melhor culto a Deus e fez isso sem templos e sem programações, apenas com sua vida, seu corpo, seu sangue e seu amor numa cruz.
Espero que sejamos profissionais nessa canção chamada amor de Deus.
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