terça-feira, 24 de novembro de 2009

SETE NOTAS PARA UMA NOVA CANÇÃO...

O tema do “novo” é um dos mais recorrentes nas Escrituras Sagradas. O próprio Mestre Jesus se apropria do apelo ao “novo” em sua mensagem sobre o Reino de Deus. O profundo diálogo do Mestre com Nicodemos é um exemplo da importância de “nascer de novo” para aqueles que desejam viver a vontade do Pai (João 3.1-7). O apóstolo Paulo aprendeu esta verdade no caminho para Damasco quando ouviu a voz de Jesus e o aceitou como Senhor (Atos 9.3-5). E em 2ª Coríntios 5.17 sintetizou a “novidade” de vida com Deus afirmando que se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, tudo se fez novo. Mas, já no Antigo Testamento, o salmista Davi declarou que o Senhor colocou em seus lábios um cântico novo para substituir seu estado anterior de pecado e humilhação (Salmos 40.1-3).
Nós, aqui na Sotero, também recebemos de Deus uma nova canção, cheia de vida, graça e perdão, através de seu Filho, o nosso Salvador. Para a canção da cruz, sete notas são fundamentais:
Dó-ação. Desprender-se das coisas e de si mesmo é o primeiro passo para quem deseja começar de novo. Doar os bens é possibilitar que outros tenham acesso igual as mesmas oportunidades que eu. Doar a mim mesmo é responder com o amor de Deus o apelo individualista de um mundo que vive no maligno estilo de “cada um por si”.
-começo. O caminho do retorno é conhecido dos filhos de Deus. Quem canta a canção da cruz sabe que precisa voltar sempre. Volta para reconstruir as cidades e as esperanças, volta para socorrer o caído na estrada e volta ao primeiro amor.
Mi-sericórdia. Na manhã deste domingo, assim como no domingo em que nosso Senhor ressuscitou, as misericórdias do Pai se re-novaram. O coração misericordioso será sempre novo, como novo é o perdão sincero que abre caminhos para unir novamente os irmãos que um dia foram separados pela força diabólica de um coração de pedra.
-mília. A igreja de Cristo nasce ao pé de sua cruz, não numa sala de reuniões no templo de Jerusalém, atribuindo cargos aos apóstolos para gerenciar o povo. Ao nascer da cruz, esse novo povo torna-se “um povo”, com o mesmo coração, mesma dor, mesma alegria, mesma esperança. No Calvário, como numa família, todos são iguais: são culpados pela morte do Cordeiro. Mas também são objeto do amor do Cordeiro que torna a todos que o aceitarem em seus amigos, irmãos uns dos outros e filhos do grande Pai.
Sol-idariedade. O novo cântico de Deus para nós não é uma canção do solitário, mas do solidário. Daquele que, a exemplo do Pai, traz para si as mazelas do mundo, as dores de seus irmãos, as lágrimas das mães, o desespero dos órfãos, o clamor das nações, o gemido da natureza, o desânimo dos que cansaram de lutar por justiça e lhes propõe uma troca: “me dê o fardo que pesa sobre ti e eu te darei um outro leve e suave, estenderei minha mão, emprestarei meu ombro, dividirei meu pão e minha casa e enxugarei tuas lágrimas”.
-mpada. A canção da cruz toca o coração, mas também ilumina a mente, esclarece a razão, tornando visível os perigos do caminho largo e as bênção do caminho estreito.
Si-ngularidade. Ao contrário do mercado fonográfico cheio de imitações, nosso Deus é original e o que ele faz é único, como ele é. Você e eu também somos únicos, assim como a nova canção de Deus em nós. Não queira cantar a música do outro, porque a canção de graça, perdão, esperança e vitória que Deus tem para você já foi composta na cruz do Calvário, basta abrir o coração e ouví-la.

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